Gratidão
Demorei um bocado a conseguir desbloquear o cérebro para escrever alguma coisa sobre toda esta situação. Não porque não haja muito para dizer, explorar e abordar sobre quão surreal é toda a nossa realidade actual, mas porque os meus pensamentos nesta fase têm tendência a centrar-se mais em coisas negativas e receei que isso resultasse em escrita depressiva, e não quero ceder a esse lado sombrio.
Hoje passei toda a manhã ao sol, na varanda, a entreter a Unicórnio com projectos manuais. Nos últimos dias fui guardando rolos vazios de papel higiénico com o objectivo de lhe propor algum projecto de trabalhos manuais, que ela adora. Numa pesquisa de 5 minutos já tinha recolhido uma série de ideias (bendito sejas Pinterest!) e estava pronta para pôr o plano em marcha. Umas passadeiras e almofadas no chão, tintas, pincéis, os rolos de papel e estava montado o atelier. Ela adorou a ideia e rapidamente estava de pincel na mão a pintar a primeira coroa de princesa de amarelo, cor de rosa e azul.
Enquanto ela pintava, eu estava sentada na minha almofada de costas para a rua, a observar e absorver tudo o que nos rodeava. Engraçado como toda a nossa realidade foi totalmente abalada e ainda assim, ali sentada a sentir o sol nas costas, a leve brisa que corria no ar, a ouvir o som dos carros na estrada e a ver a Unicórnio a pintar, tudo parecia tão normal, tão pacífico.
Fui inundada por um sentimento de gratidão. Gratidão por ter os meus aqui em casa comigo, seguros e saudáveis, gratidão por me sentir bem às 36 semanas de gravidez (ainda que a rebentar pelas costuras), gratidão por sentir os pontapés do baby, gratidão por sentir o sol da primavera na pele, e gratidão por, no meio deste caos, ter a oportunidade de sentir esta calma. Sinto-me uma afortunada por tudo o que tenho neste momento, e não há gratidão suficiente para isso. E enquanto conseguir vou focar-me nesta gratidão e fazer os possíveis para manter-me positiva, porque quero mesmo acreditar, com toda a força, que vamos ficar bem.
Hoje passei toda a manhã ao sol, na varanda, a entreter a Unicórnio com projectos manuais. Nos últimos dias fui guardando rolos vazios de papel higiénico com o objectivo de lhe propor algum projecto de trabalhos manuais, que ela adora. Numa pesquisa de 5 minutos já tinha recolhido uma série de ideias (bendito sejas Pinterest!) e estava pronta para pôr o plano em marcha. Umas passadeiras e almofadas no chão, tintas, pincéis, os rolos de papel e estava montado o atelier. Ela adorou a ideia e rapidamente estava de pincel na mão a pintar a primeira coroa de princesa de amarelo, cor de rosa e azul.
Enquanto ela pintava, eu estava sentada na minha almofada de costas para a rua, a observar e absorver tudo o que nos rodeava. Engraçado como toda a nossa realidade foi totalmente abalada e ainda assim, ali sentada a sentir o sol nas costas, a leve brisa que corria no ar, a ouvir o som dos carros na estrada e a ver a Unicórnio a pintar, tudo parecia tão normal, tão pacífico.
Fui inundada por um sentimento de gratidão. Gratidão por ter os meus aqui em casa comigo, seguros e saudáveis, gratidão por me sentir bem às 36 semanas de gravidez (ainda que a rebentar pelas costuras), gratidão por sentir os pontapés do baby, gratidão por sentir o sol da primavera na pele, e gratidão por, no meio deste caos, ter a oportunidade de sentir esta calma. Sinto-me uma afortunada por tudo o que tenho neste momento, e não há gratidão suficiente para isso. E enquanto conseguir vou focar-me nesta gratidão e fazer os possíveis para manter-me positiva, porque quero mesmo acreditar, com toda a força, que vamos ficar bem.
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